quinta-feira, 31 de março de 2011

Pacífico: falta de atenção que custa caro!

Para um jantar a dois, todo mundo que um lugar charmoso, aconchegante, com boas opções de bebidas e uma comida saborosa.

E esse pequeno restaurante no bairro Anchieta, sobre o qual discorro aqui, tinha tudo para satisfazer todos esses anseios. Contudo, a falta de cuidado e atenção dos responsáveis pela casa compromete suas inegáveis qualidades.

Estou falando do Pacífico, que fica na Rua Santa Maria de Itabira, nº 200, em Belo Horizonte.

E é uma casinha antiga mesmo, encravada no meio de prédios e ruas. 


Bem pequeno, o salão comporta, no máximo, 15 a 20 mesas e um balcão onde as pessoas aguardam as mesas, bebendo seus drinks e petiscando entradinhas.

Não sei se por essa reduzida capacidade, a administração da casa disponibilizou,  naquela noite de sexta, inicialmente apenas um garçom que, depois de horas, teve a abençoada ajuda de um colega, o que não adiantou muito.

Como se vê, o serviço foi ruim.

Para beber, vinho e caipis. E eles têm outras opções (Krug). Mas, mais uma vez, nossas escolhas não foram as primeiras, estando estas em falta, apesar de presentes no cardápio. Erro tanto irritante quanto comum na noite de Belo Horizonte.


De entrada, carpaccio clássico e mais problemas: (I) a iguaria foi servida com uma torrada inadequada; (II) pedimos uma porção de carne que, simplesmente, não veio.
Os pratos principais estavam bem gostosos. Entre massa, peixes, risotos e carnes, comemos bem.


 De sobremesa, o bom e velho petit gateau de sempre.


Agora, caríssimos leitores deste narigudo blogueiro, dá para admitir um banheiro assim?


Não, não dá!

Dica: nos dias de semana, a casa, que lota dos finais de semana, fica mais vazia e o serviço melhora.

O preço é outra vantagem. Tudo bem em conta.


É isso.

Ah, e como puderam notar, depois da retomada, voltamos ao rítimo normal de dois posts por semana, sempre às segundas e quintas.

Fotos: Eu.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Maio: fora do circuito zona sul, mais uma boa opção. Mas...

Sem nada para fazer no final de semana seguinte ao carnaval, resolvemos procurar novos rumos na gastronomia de Belo Horizonte. E foi assim que encontramos o restaurante Maio.

Localizado na Rua Santa Catarina, logo ali atrás da igreja universal, a casa é muito bem estruturada, agradável e bonita. 

É sempre bom descobrir lugares fora da mesmice de Lourdes (eu sei que o Maio fica em Lourdes, mas é, digamos, no baixo Lourdes, mais perto do Centro), Savassi ou Funcionários

Contudo, é necessário dizer que tivemos a impressão que esse simpático restaurante parece estar destinado ao fim! Digo isso pela absoluta ausência de público. Durante boa parte da noite, fomos os únicos no salão, o que não deixa de ser um pouco constrangedor. Torço para que tenha sido apenas os efeitos da festa do samba. Veremos.

Ao chegar, o lugar chamou a atenção pela "simpatia".




De entrada, um carpaccio clássico. Além de bem gostoso, a cozinha ganhou pontos com um detalhe: á porção de pães foi servida aquecida, o que deu um toque bem bacana.


Para beber, um carmerene saboroso e competente. Com a comida, preferi um branco. Aqui, vale dizer que essa não é a forma mais "correta" de beber vinho. Segundo os entendidos, certo seria primeiro o branco, depois o tinto, assim como deve-se ir do mais suave para o mais encorpado. Eu não acredito em fórmulas.


A love tomou um espumante brasileiro, produzido do sul. Nada demais, nada de menos. O preço é bacana. É preciso dizer que não foi a primeira opção, que, naquela noite de sexta, faltava. Sintomas do início do fim ou do carnaval?


Pratos principais: postas de salmão grelhado com legumes cozidos e um bife ancho com risoto parmegiano. Estavam todos e saborosos. A apresentação poderia ser melhor.



As sobremesas foram o ponto fraco do jantar. Eu pedi um petit gateau que veio, inexplicavelmente, com uma calda de maracujá mais amarga que jiló. Um desastre. Teve ainda o abacaxi com calda de chocolate.



O balanço final foi positivo.

A casa dispõe, ainda, de boas opções de cerveja e chopp Krug bier.

Os banheiros são bem higienizados e decorados. A análise do serviço ficou prejudicada, pelos motivos já mencionados. 

Mas a conta foi salgada.

No fim, o Maio agradou!

É isso.

Fotos: Eu! 

quinta-feira, 24 de março de 2011

CPOR - Turma de 1990: depois de 21 anos, o reencontro.

Setembro de 1989. Eram 03:00 da madrugada quando me apresentei no 12BI, munido de um atestado médico que, apenas na minha imaginação, me livraria do serviço militar obrigatório. Quanta inocência.

É claro que eu não tinha qualquer motivo para ser dispensado, mas, ainda assim, confiei naquele documento mais falso que nota de três. Para eventuais perguntas, cheguei a estudar os "sintomas" da doença, formas de tratamento, dosagens do medicamento, enfim, tudo. Ou melhor, quase tudo! Não sabia qual a cor da caixa do remédio. Isso mesmo. O fdp do médico perguntou qual a cor da caixa do remédio. Resultado: conscrito! Fiquei arrasado.

Contudo, o que eu não sabia é que começava ali uma das páginas mais divertidas e bonitas da minha vida: o serviço militar obrigatório. Servi no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Belo Horizonte, no longínquo ano de 1990.

É incrível como esse ano e as pessoas que conheci ali mudaram minha vida para sempre. Desde os primeiros dias, já sabia que não seria uma experiência comum.

A entrada.
Desde o curso básico, no 1º pelotão da 1ª companhia, comandado pelo ten. Barbabela, passando pelo primeiro acampamento (operação boina) e, finalmente, pela intendência, princípios tais como lealdade, respeito e hierarquia formaram minha base como militar.
 O rancho no acampamento.

E os casos?! Quem de nós não se lembra das sessões de ordem unida com o Major Marzano (que não era lagoa, lembra), ou de um tal Silveira, que perdeu o ferrolho do fuzil e foi direto para lama, da calma do Kim, do "safismo" do Wildmann (fuscão), de uma certa estátua (ou busto) danificada e restaurada pelo Frederico (FBA), do al. Souza (permissão major...), meu Amigo Momose, dos serviços de guarda na garagem ou na vila militar, da balalaica... enfim, coisas demais.

Campo de futebol. 
A guarda. 
 O guerreiro.
Quem não serviu talvez não entenda a amizade que se forma na caserna. Perdoem o sentimentalismo (quem sabe fruto dos 40), mas arrisco dizer que é mais que amizade. Sinto que tenho 139 irmãos de farda. Para mim ninguém morreu.

 A intendência.



 Todo o curso.
 Formatura. Moreno, desde então, com o copo.
E não poderia haver prova mais cabal dessa ligação como o que aconteceu no último sábado: depois de 21 anos, a turma de 1990 do CPOR/BH se reuniu num churrasco, quando 118 dos 140 alunos compareceram com suas famílias ou mesmo sozinhos.

E o moreno continua com o copo.

Foi um reencontro mágico. Permitam-se dizer que, mais do que rever meus irmãos de guerra, tive um encontro comigo mesmo, numa insólita viagem ao jovem de 19 anos que aprendeu no exército a ser um homem melhor.

Foi muito bom verificar que estamos bem e que mantivemos a união e a jovialidade de 21 anos atrás.

O jeito que vivemos nossas vidas depois do quartel foi uma decisão de cada um. Quanto a mim, conto que estudei, segui no EB, virei pai (do Pedro, hoje com 18 anos), casei, separei, casei de novo e ... chega!

 Ten. Silveira. 4º D. Sup. Juiz de Fora.
Meu filho Pedro e minha nora Rose.
Minha "Love", Renata e nosso labrador Schumacher.

Guerreiros, foi muito bom reencontrá-los e ter a certeza que podemos, ainda hoje, contar com a lealdade de cada um.

Tenho muita honra de ter servido com os Senhores e orgulho que pertencer a essa turma. A todos, presto minha continência:

E, como termino todo post desse blog com uma dica, aí vai: existe uma série da HBO que de chama "Band of Brothers" que retrata muito bem todo o acima. VEJAM.

Um salve ao Al. Figueiredo e até a próxima.

É isso.

Fotos: Eu mesmo e reprodução (retiradas do grupo da turma no facebook, de autoria dos demais alunos)